segunda-feira, 10 de outubro de 2011

...me perdi.

Tô tentando voltar para a "blogosfera"
Mas não é tão fácil assim
Talvez não tenha tido tempo pra mim,
Tempo pra me permitir não fazer nada e assim
Escrever algumas dúzias de palavras sem sentido...

Indiretamente, meu lindo amigo Vinícius Prado, vulgo Jeep
me incentivou a voltar a escrever.
Vamos ver né...rsrsr

Beijos a todos.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Hoje...



Quero o silêncio interrompido por barulho de chuva
Quero escuro
Um friozinho gostoso
E café forte.
Com ou sem você, é só isso que desejo hoje.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Sunday

Tinha uma mania de achar que existia o dia certo pra tudo. Domingo era dia de pizza e cerveja, e segunda trabalhar cansada, quarta-feira trabalhar animada porque no fim do dia tinha cinema barato, quinta-feira casa, sexta sinuca com amigos e sábado qualquer coisa bem animada. Acho que me esqueci da terça, mas lembro que esse era o dia da preguiça, de não fazer nada. Comprometia-me a estudar um bocado todos os dias, mas nem sempre isso acontecia. Tolice a minha achar que poderia programar tudo. Meu maior medo era a rotina, às vezes trocava os dias, substituía as “atividades” e estava tudo bem. Hoje, domingo, preferi o silêncio, escolhi fazer minhas leituras e não comentá-las, escrevi bobagens e não as mostrei a ninguém. Li só pra mim, escrevi só pra mim, não desperdicei meu tempo compartilhando meus sentimentos com quem não importa. Hoje preferi ficar sozinha, falei pouco, quase nada. Escolhi não atender ao telefone, muito menos ligar para alguém. Hoje eu escolhi o silêncio. O silêncio que tanto gosto e preciso (mas isso é assunto pra uma próxima vez). ”Eu procurei perguntas e inventei respostas para mim mesma”. Hoje eu sinto que estou mais ligada aos pormenores, às entrelinhas, ao que ficou por ser dito, aos olhares, aos gestos. Eu gosto disso. Não terei medo de preferir ser assim para sempre. Mas, amanhã é outro dia...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Agonizando de amor


Ela mal pôde recuperar o fôlego e ele já havia partido
Ele sequer olhou para traz
Ela não entendeu a atitude estúpida
Pensava: eu só queria prazer, nada mais que prazer
Ela não entendeu, mas ele fugia dos seus próprios sentimentos
Ele sabia que ali era vítima, presa fácil
Sem ter coragem para continuar, simplesmente partiu
E a deixou agonizar, agonizar de amor
Gozo, grito e choro presos
Tanta coisa presa.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Presente de Natal

Se eu pudesse pedir um presente para o Papai Noel, pediria você de volta!
Mas já faz tempo que deixei de acreditar no velhinho,
percebi que o natal é mesmo uma grande farsa.
A propósito, o que não é farsa nessa minha vida ?

Esse meu sorriso diário? Ele só serve para esconder o sofrimento que inunda minh’alma!
Essa dor que fere meu peito, ela sim é verdadeira, e forte! Muito forte.
É uma dor que sufoca...sufoca...sufoca...e parece que só me resta um segundo.
Mas eu retomo o fôlego e começa tudo outra vez.
E continuo nessa farsa! Até o dia que tudo se acabará...e te encontrarei novamente.

Que se dane o NATAL !
Saudade dói demais.

EU TE AMO, PAI !

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Depois que passa...

Quantos e quantos anos se passaram, e todo dia 20 de setembro era a mesma coisa, eu pensava que o mais importante era ter um presente caro nas mãos para entregar a você!
Como eu fui tão tola, como não percebi que o melhor era ter você aqui comigo!
Quantos aniversários eu perdi, quantos abraços deixei de dar...quanta coisa deixei passar, pensando num maldito presente!!!
Depois que passa não tem volta...
Quantas vezes chorei de raiva por não ter aquele presente!
Hoje eu choro, por não ter aquele abraço...do dia 20, 21, 22, 23, 24...

Depois que passa não tem volta!
SAUDADES meu velho!


(Nando Reis)

"Eu não posso entender
Essa vida tão injusta
Não vou fingir que já parou de doer
Mas um dia isso vai acabar


Eu não consigo me convencer
Que essa vida não foi injusta
Tanta falta me faz você
Queria ver você em casa

PAI
O amor que eu tenho por você é seu"

quarta-feira, 30 de junho de 2010

FÉRIAS JÁ !

Preciso tirar férias de mim mesma,
30 dias corridos.
Quero ter outro nome, outro rosto,
Outra voz, outros olhos.
Não quero mais esse sorriso sem graça.
Vou pintar o cabelo, quem sabe cortar também.
Sair todas as noites, beijar várias bocas
Beber outras bebidas, me embriagar
Ouvir músicas que eu jamais ouviria
Dançar. Dançar tudo. Dançar muito.
Usar outras roupas... mais ousadas, ou recatadas,
Coloridas, ou não, apenas diferentes dessas que uso.
Novos amigos! Não que eu esteja reclamando dos meus,
É claro que não, mas eu quero mais, mais amigos.
Quero mudar de time, mudar de cidade, quem sabe de país.
Ler outros livros, esquecer da Álgebra Linear.
Acordar cedo todos os dias, não porque preciso, mas porque quero aproveitar o dia
E ir dormir tarde, para aproveitar bem a noite. E as vezes nem dormir.
Quero tirar férias de mim mesma.
Dizem que voltamos renovados depois de alguns dias de férias,
Mas se eu não voltar, DANE-SE!
Eu peço demissão, sem aviso prévio.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Só faltam 12!

Quase todos os dias eu a encontrava naquela biblioteca. Não era um encontro casual, confesso que eu sempre fui no mesmo horário por causa dela, mas nem sempre tinha a mesma sorte. De qualquer forma era sempre a mesma coisa, eu chegava por volta das 13 horas e depois de uma hora ela chegava, eu a observava. Ela sempre gostou dos lugares próximos à janela (por isso comecei a escolher estrategicamente onde eu ia ficar). Eu voltava a minha leitura, às vezes levantava a cabeça para olhar a moça, e depois retornava. Por volta das 18 horas ela ia embora, e eu ficava, mas perdia a graça, logo saia também.

Na última sexta-feira foi diferente. Não sei se foi ilusão minha, mas ela me olhou. Foi ai que analisei todos os detalhes enquanto ela estudava. Nunca foi tão bom observá-la, mas naquele dia ela estava especialmente linda. Seus olhos brilhavam como nunca, um olhar misterioso que eu precisava desvendar. Trazia um sorriso sereno no rosto, aliás, no belo rosto. Traços delicados, bochechas rosadas, bela. Cabelos longos, mas presos, aquilo era outra coisa que me chamava atenção. Sempre gostei de cabelos longos, mas ela sempre os prendia, e eu me prendia a imaginá-los soltos. Aquele silêncio era perfeito para contemplar sua beleza.

Preciso voltar à minha leitura, pensei. Mas eu lia algumas frases e me pegava parado olhando para o livro e pensando nela. Ora bolas!!! Mas ela está aqui ao lado. Porque diabos eu estou pensando nela? Me assustei, por um instante pensei ter falado aquilo, olhei com calma para os lados e todos estavam concentrados, que alívio, eu só pensei. No mesmo instante voltei o olhar para a moça, e para minha surpresa, ela estava com fones no ouvido. Nesse momento esqueci completamente o que eu estava fazendo e fiquei a imaginar o que ela estava ouvindo. Que músicas ela gosta, que lugares ela freqüenta e com quem, será que tem namorado? Onde será que ela mora, pode ser que seja aqui perto, ou talvez ela trabalhe aqui perto. Mil perguntas inundaram a minha cabeça. Já era tarde, ali eu não conseguia mais pensar em nada, eu queria saber tudo sobre aquela bela mulher, queria me aproximar de algum jeito.

Decidi que quando fosse a hora dela ir embora, eu iria junto. Olhei para o relógio, 17h49min. Nossa, o tempo passou que nem percebi. Resolvi levantar e ir ao banheiro, eu estava nervoso. Na volta vi a porta da sala se fechando e ela saindo. Olhei para seu lugar e confirmei, ela saiu. Sem pensar, fui até minha mesa, peguei os livros (que nem tinha lido naquele dia) e sai rápido.

No fim do corredor o elevador se fechando, e outra vez eu a vi por entre a porta, dessa vez do elevador. Desci as escadas correndo, para minha sorte eram apenas dois andares. Eu precisava alcançá-la, nem sabia ainda o que ia dizer, mas eu tinha que ir. Na saída paralisei, pasmo. Aquela luz de fim de tarde em contraste com a moça parecia uma pintura, uma obra de arte. Ela soltou os cabelos, parecia até ser de propósito, o vento os balançou levemente. E eu quase sem ar, com o olhar fixo. Ela caminhou até o carro e foi embora. Eu também fui. Passei o fim de semana com aquela imagem na mente, contando os minutos para a segunda-feira, às 14 horas.

Chegada segunda-feira, a ansiedade era grande. Almocei rápido e fui. Ao chegar me deparo com as portas fechadas e um aviso: Biblioteca fechada para reforma. Nem vi o que mais tinha escrito, quase caí. Fiquei indignado, fui até o segurança e perguntei como poderiam fazer aquilo. Ele me responde educadamente que o aviso está ali a mais de uma semana.

É claro. Eu não tinha percebido, afinal, só tinha olhos para ela. Voltei triste para casa. Agora, vou a uma biblioteca diferente a cada semana a fim de encontrá-la. Só faltam 12!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Inacabado

Falta um pedaço
É como se a história agora não fizesse sentido
Como se tivesse acabado sem chegar ao fim
Onde está o final feliz?

Falta um pedaço
Cadê o refrão?
A letra está incompleta
Só restou o solo do violão

Falta um pedaço
A tinta acabou? Ou a tela é pequena demais?
A pintura que antes era arte
Já não me encanta mais

Falta um pedaço
Para onde foram as rimas dos poemas
E o último verso do soneto
São quatorze não te lembras?

Faltam palavras para continuar
Falta coragem para aceitar
Que falta mesmo um pedaço
Mas um pedaço de mim.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Lembranças, saudades...

Todo dia era a mesma história, eu chegava no ponto de ônibus por volta das 23:40 e papai estava lá. Tinha dias que nem a blusa ele vestia, não podia me deixar esperar então corria para me buscar. Mesmo cansados, ele por ter trabalhado o dia todo, e eu por causa do estágio e da faculdade, na maioria das vezes a gente inventava um motivo para brincar e sorrir. As vezes não, era o caminho todo calado, mudo. Na próxima esquina era aquele dilema, papai queria seguir por um caminho e eu por outro...

- Vamos por aqui, é melhor, não dá tantas voltas!
- Nãããão Pai!!! Vamos por aqui, a gente dá voltas, mas corta caminho e chega mais rápido.

Um dia por aqui, outro por ali...Até que tivemos a brilhante idéia de contar os passos.
No primeiro dia fomos pelo meu caminho, demoramos a chegar em casa, passo a passo, contando. Anotei.
No outro dia era a vez de saber qual era o melhor caminho, fomos então pelo dele. Dei passos bem pequenos...

- Assim não dá! Pode voltar. Que passos pequenos são esses? Você está roubando.
- Que isso Pai, estou caminhando do mesmo jeito. rsrs

Cheguei em casa toda feliz com a vitória. Ele sabia que eu tinha trapaceado, mesmo assim deixou.

Esse foi um episódio que me lembrei ontem, pois quando cheguei da faculdade papai não estava lá.
Por um caminho ou por outro, tanto faz, o importante é que nós estamos sempre juntos...
"Papai, agora eu estou indo pelo seu caminho, e eu sei que de onde está guiará meus passos.
Eu te amo. Saudades."